Teflon na cozinha: mitos, verdades e riscos para a sua saúde explicados

Quando o assunto é teflon, muita gente fica com a pulga atrás da orelha. Afinal, usar panelas antiaderentes faz mal mesmo? Da fabricação polêmica desse material até os debates sobre sua segurança na rotina, há muita informação desencontrada. Bora entender melhor o que realmente está em jogo e descobrir como preparar receitas de forma mais segura e consciente? Vem comigo desvendar tudo sobre esse assunto quente na cozinha!

De onde vem o teflon: produção, polêmicas e impactos à saúde

Você provavelmente conhece o teflon como o revestimento que impede o omelete de grudar na frigideira. Mas o nome técnico é politetrafluoretileno (PTFE), um tipo de plástico descoberto por acidente que revolucionou a cozinha. A grande polêmica não está no teflon em si, mas em uma substância química usada em sua fabricação por muitos anos: o ácido perfluorooctanóico, ou PFOA. Essa substância funcionava como um ‘fixador’, ajudando o revestimento a aderir à panela. O problema é que o PFOA é um químico persistente, que não se decompõe facilmente no meio ambiente nem no corpo humano, ganhando o apelido de ‘químico eterno’.

A polêmica do PFOA e os riscos à saúde

Estudos científicos começaram a associar a exposição ao PFOA a uma lista preocupante de problemas de saúde. Essa substância foi ligada a um maior risco de desenvolvimento de câncer, especialmente nos rins e testículos. Além disso, a exposição ao PFOA também foi relacionada a doenças da tireoide, aumento dos níveis de colesterol, colite ulcerativa e complicações na gravidez, como a pré-eclâmpsia. É importante entender que o maior risco não vinha do uso da panela em si, mas da contaminação ambiental causada pelas fábricas. Pessoas que moravam perto de unidades de produção ou que consumiam água contaminada com PFOA foram as mais afetadas por esses impactos negativos.

O fim do PFOA na fabricação de panelas

Diante das evidências e da pressão de ações judiciais e órgãos reguladores, a indústria mudou. Por volta de 2013, os principais fabricantes, incluindo a DuPont, dona da marca Teflon, eliminaram completamente o uso de PFOA no processo de fabricação de seus utensílios de cozinha. Isso significa que as panelas antiaderentes novas que você encontra hoje nas lojas são consideradas seguras nesse quesito, pois são livres de PFOA. A grande preocupação com o ‘químico eterno’ ligado à fabricação do teflon ficou no passado. A tecnologia de produção evoluiu, e novos compostos, considerados mais seguros, passaram a ser utilizados como fixadores para o revestimento antiaderente, garantindo a praticidade sem o mesmo risco químico de antes.

Como usar panelas antiaderentes com segurança no dia a dia

Como usar panelas antiaderentes com segurança no dia a dia

Usar panelas antiaderentes com segurança é mais fácil do que parece. A chave é ter alguns cuidados básicos no dia a dia. Com as panelas modernas livres de PFOA, o principal ponto de atenção é o superaquecimento. O revestimento de teflon (PTFE) é estável e seguro em temperaturas normais de cozimento. No entanto, se ele esquentar demais, pode começar a se degradar. Por isso, a regra de ouro é cozinhar sempre em fogo baixo ou médio. Evite deixar a panela vazia no fogo alto, pois isso acelera o aquecimento e aumenta o risco de danificar o material.

Fuja do superaquecimento e dos arranhões

Quando o teflon atinge temperaturas muito elevadas, acima de 260°C, ele pode liberar gases tóxicos. Esses gases podem causar sintomas parecidos com os de uma gripe, uma condição conhecida como ‘febre dos fumos de polímeros’. Para evitar isso, nunca preaqueça a panela seca no fogo máximo. Sempre adicione um pouco de óleo, azeite ou manteiga antes de ligar o fogo. Outro cuidado essencial é proteger a superfície antiaderente. Arranhões profundos podem não só fazer a panela perder sua função de não grudar, mas também soltar pequenas partículas do revestimento. Por isso, nunca use utensílios de metal, como garfos, facas ou espátulas de aço. Dê preferência a colheres e espátulas de silicone, madeira ou plástico resistente ao calor.

Limpeza e armazenamento corretos

A forma como você limpa e guarda sua panela faz toda a diferença para a durabilidade e segurança. Na hora de lavar, espere a panela esfriar completamente. Jogar água fria na panela quente pode causar um choque térmico, que deforma o fundo e danifica o revestimento. Use sempre o lado macio da esponja e detergente neutro. Palhas de aço e produtos de limpeza abrasivos são proibidos, pois eles destroem a camada antiaderente. Na hora de guardar, evite empilhar outras panelas diretamente sobre ela. Se precisar empilhar, coloque um protetor de panelas, um pano de prato ou uma folha de papel toalha entre elas para evitar riscos.

Quando é hora de trocar a panela?

Mesmo com todos os cuidados, as panelas antiaderentes não duram para sempre. É fundamental saber a hora de se despedir da sua. O sinal mais claro é quando o revestimento começa a descascar ou a soltar lascas. Se você notar arranhões muito profundos, que chegam até o metal da base, também é hora de trocar. Outro indicativo é se a comida começa a grudar com frequência, mesmo usando óleo. Isso mostra que a superfície já perdeu sua propriedade antiaderente. Uma panela deformada ou com o fundo estufado também deve ser descartada, pois não distribui o calor de forma uniforme e pode se tornar instável no fogão.

Dra Renata Fuhrmann

Dra Renata Fuhrmann

Farmacêutica com especialização em Biomedicina, a Dra. Renata Fhurmann atua com excelência na interface entre diagnóstico, prevenção e cuidado com a saúde. Seu trabalho é pautado pela precisão científica, olhar humanizado e compromisso com a inovação. Apaixonada pela ciência e pelo cuidado integral ao paciente, Dra. Renata integra conhecimentos farmacêuticos e biomédicos para promover tratamentos mais eficazes e personalizados, sempre em busca do equilíbrio e bem-estar duradouro.

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